sexta-feira, 22 de março de 2024

Recomendo ouvir: Constantin feat. Lilly Ahlberg - Don't Let Me Go

Olá, caros leitores!. Como estão?. Espero que tranquilamente bem. Prontos para mais um conteúdo bacana?. Sejam todos bem-vindos e obrigada pela visita!.

Muito bem, hoje a proposta é diferente do habitual. Porém, garanto a vocês que ainda há uma boa "track" envolvida e um trabalho dedicado concluído. O post do dia não é, especificamente, sobre algum nome icônico dos tempos de ouro do Eurodance, tampouco sobre uma obra-prima daquela época. Mas, a qualidade musical não deixa nada a desejar.

Abro espaço para uma música que está longe de ser antiga, entretanto entrega uma vibe tão incrível, que parece ter um "pezinho" em anos passados. Muito mais que isso, é uma recomendação de minha parte a vocês. Então, recomendo ouvirem esta faixa: "Don't Let Me Go", de Constantin feat. Lilly Ahlberg.


Mas, antes de falar propriamente sobre a faixa, é necessário conhecer os artistas envolvidos nela. Juntem-se a mim e vamos nessa!.

Constantin
Giancarlo Constantin, conhecido como Constantin, nasceu em 12 de setembro de 1993, em Reggio EmiliaEmilia-Romagna, na Itália. Aos 14 anos, seus bootlegs e remixes, atraíram a atenção de estações de rádio no país e antes que percebesse, ele se viu tocando em clubes por toda a Itália. Em 2012, sob o nome Constantin, liberou duas tracks: "Robot" "She's A Bomb". No ano seguinte, foi a vez de "Terremoto"

Já em 2014, fez parceria com Hardbros, uma dupla de DJs/produtores e cantores também de Reggio Emilia, Emilia-Romagna e lançou "Too Late For Love", com vocais de Jonny RoseEm 2016, nos bastidores de um clube italiano, Constantin fez amizade com um DJ e produtor consagrado chamado MazZz.

Os dois se deram bem sonoramente, lançaram 
"Storm" e passaram a produzir remixes como "Know My Love (MazZz & Constantin Remix)", de Matt Nash; vindo a colaborar frequentemente com nomes como do icônico Benny Benassi

Essa colaboração rendeu o remix de "Later Bitches (Benny Benassi vs. MazZz & Constantin Remix)", de The Prince Karma, em 2018, além de "Make Some Noise" (com Chris Nasty), de 2023 "Feel The Vibe", lançado neste ano.

No ano passado, Constantin liberou a faixa "Don't Know" e mais recentemente "Drive", com vocais de Julia Temos. O italiano conta com o apoio regular de artistas do calibre de Tiësto, David Guetta, Dimitri Vegas & Like Mike, NERVO e muitos mais. Ele está em um relacionamento e tem uma filha de um pouco mais de 1 aninho de idade, chamada Camilla.

Lilly Ahlberg
A multi-instrumentista, cantora e compositora Lilly Josefin Ahlberg nasceu em 22 de fevereiro de 1996, na Itália, e é filha de mãe inglesa e pai sueco; ela cresceu na cidade de Helsingborg, na Suécia. Ela e sua família tinham o hábito de sempre morar em lugares diferentes; Reino Unido, Suécia, Noruega e Austrália foram alguns dos países por onde passaram. Lilly mora em Londres há quase 8 anos.
Seu irmão a influenciou a tocar violão e, aos 14 anos, aprendeu a tocar "Fast Car", de Tracy Chapman, sendo essa música a responsável pelo primeiro passo de Lilly. Depois disso, ela não conseguiu mais parar, aprendia música após música e postava no YouTube. Sim, a artista anglo-sueca começou sua carreira compartilhando covers acústicos no YouTube. Ela se registrou com o nome de usuário "sillllylilllly" em agosto de 2008, e postou seu primeiro cover; o de "She Will Be Loved", do Maroon 5, em agosto de 2011.

O canal na famosa plataforma cresceu, ela lançou singles scandipop que foram bem recebidos, cantou indie/folk e então, Lilly começou a despertar o interesse do pessoal da indústria musical. Àquela altura, a artista estava prestes a assinar com a Universal em Estocolmo, mas não deu certo, e em outro momento teve dois A&R's da Atlantic New York que a visitaram em sua cidade. Ela sempre soube que queria morar em Londres, então, quando um gerente de Londres entrou em contato, começou a trabalhar com eles e acabou se mudando para o Reino Unido quando tinha 20 anos.

Logo após o sucesso inicial, começaram os pedidos de colaboração e Lilly começou a trabalhar com artistas da música eletrônica como Sondr, VIZE, GotSome e Sonny FoderaEste último, que é um DJ e produtor australiano de house music e que vive em Londres, deu origem à faixa "The Moment", de 2019, acendendo sua paixão por criar faixas dançantes sombrias e sonhadoras. Foi a primeira vez que Lilly trabalhou com Sonny Fodera. Ela inicialmente escreveu como uma música pop com Irwin Sparkes e Silvano Stuurman. O parceiro de Silvano gostou muito da música e conheceu Sonny, mandando para ele a faixa. Fodera adorou o que ouviu e a transformou em um Dance. A parceria ainda rendeu mais um single: "Closer", com Just Kiddin, de 2021.

Foto: Blickwechsel.ch
Ainda em 2021, a artista lançou "Young Forever" e em 2022, "Cool Kids" e "Nervous Baby"Lilly começou como vocalista indie/folk com faixas como "Moonlight", mas saltou para o espaço dançante depois que foi contratada por Sonny Fodera. Desde então, Lilly progrediu a cada lançamento, mantendo-se fiel às suas raízes, incorporando um toque folk em suas apresentações de Dance Music.
Em 2023, Lilly chegou ao Destructivo, um sub-selo do Tileyard Music Group, com seu novo single "Cold". Em uma entrevista, a cantora falou sobre a música: "É a primeira faixa de uma nova Lilly Ahlberg. Tenho lutado muito para encontrar meu som ao longo dos anos e alternando entre a Dance Music, a música indie e a música pop. Sinto que finalmente encontrei um equilíbrio muito bom entre todos esses sons e adoro isso."

No mesmo ano, ela colaborou com outros DJs, lançando "Never Again" com o inglês GotSome; "Makes Me Feel" com a alemã LOVRA, e "Out Of Focus" com o jovem inglês Hyzteria. E a loirinha quer continuar colaborando ainda mais e com vários cantores e DJs, pois ela gosta muito de escrever para outros artistas. Seu mais recente lançamento solo saiu em janeiro deste ano e se chama "Hit The Ground". É bela, tranquila e dançante. Também vale a pena ouvir.
Aos 28 anos, Lilly diz se sentir como uma mistura entre, uma criança de 6, e uma criança de 80 anos, com níveis altos e baixos de energia. Adora música, arte, moda, verão, coisas fitness e comida. Ela se define como uma pessoa intuitiva, empática e um pouco espiritual, descrevendo seu tipo de som como emocional, profundo e melódico.

Abaixo, alguns trechos de uma entrevista com Lilly, realizada no ano passado. Ela fala sobre si, música, feedback das pessoas em relação ao seu trabalho, planos e redes sociais. O link da matéria completa, estará no fim do post:

"Não tenho certeza porque entrei no mundo da música muito cedo. Nunca fui para a universidade porque tinha certeza de que a música era para mim, e o que eu fazia era dar certo. Não tenho ideia de como seria minha vida se eu não fizesse música ou como minha vida mudou por causa disso.
Recebo mensagens ou comentários de pessoas dizendo que amam o que faço. Algumas pessoas ao longo dos anos me disseram que minha música realmente as ajudou quando elas estavam em uma situação difícil e isso me faz sentir muito realizada. A música sempre foi meu conforto e é importante para mim que as pessoas também possam encontrar conforto na minha música...Eu adoraria lançar um álbum daqui a 5 anos, é algo que ainda não fiz. Eu adoraria ter construído uma boa base de fãs para poder fazer shows.
É uma relação de amor e ódio [com as redes sociais]. É ótimo para se promover e divulgar seu talento. Também pode ser um lugar incrível para obter conselhos sobre gratidão e como amar a si mesmo, se seguir os relatos certos. No entanto, pode ser um lugar ruim quando você olha para as coisas erradas e começa a se comparar com os outros, e também posso sentir que às vezes, se sua mídia social estiver indo bem, a indústria musical pode vê-la como mais valiosa do que o talento real. Para pessoas como eu, onde a mídia social não surge naturalmente, pode ser difícil."

Com uma mistura diversificada e única de influências musicais, Lilly Ahlberg abriu o seu caminho na indústria musical, tornando-se conhecida pelo seu estilo distinto, que combina elementos pop contemporâneos com tons emocionantes. Sua voz doce, meiga e emotiva, encaixou-se perfeitamente na Dance Music. Principalmente na faixa que destaco e recomendo hoje: "Don't Let Me Go".


🍸💗...Now give me a last chance, just please give me something, don't say it's our last dance, oh no. I know we can fix this, with liquor and stitches, just don't let me go, oh no, don't let me go...🍸💗

Em dezembro de 2023, Constantin e Lilly Ahlberg lançaram a viciante e dançante "Don't Let Me Go". A faixa saiu pelo selo Solotoko, fundado por Sonny Fodera, o mesmo que já havia trabalhado com Lilly anteriormente. Foi escrita por Giancarlo Constantin, pela DJ/produtora/compositora húngara Laura "LAU" Toth e Lilly Ahlberg. A música foi liberada com duas versões: "Radio Edit/Mix" e "Extended Mix".


Sendo bem honesta com vocês, eu costumo ser bastante crítica em relação aos lançamentos atuais da Dance Music; o que chamam hoje de EDM. Creio que tive a oportunidade de comentar isso em algum momento por aqui. Vocês sabem, meu trabalho é mais focado em Eurodance/Dance Music dos anos 90 e 2000, com algumas "pitadas" de anos 80. Então, acabo sendo, por vezes, uma pessoa carrancuda quando se trata de músicas novas. Não posso generalizar e dizer que todas são porcarias, entretanto tenho ciência de que a maioria, infelizmente, é de procedência duvidosa.

Com esse pensamento, 
acredito que, trazendo uma "track" atual no blog, possa causar surpresa e estranheza em algumas pessoas que me acompanham.
Fato é que a faixa de Constantin e Lilly Ahlberg me surpreendeu positivamente. Ela contém um piano house clássico envolvente e contagiante que, somado aos vocais suaves e emotivos de Lilly, transmite uma vibe pura e especial, na minha humilde opinião. Ela lembra alguns Dances lançados no passado, e isso foi a primeira coisa que reparei quando tive a oportunidade de ouvi-la num primeiro momento.

Quando criei o hábito de ouvir música no rádio, e isso já tem muito tempo, decidi que sempre seria uma consumidora e entusiasta dele. Porém, chegou um período em que essa ideia mudou um pouco. O prazer em sintonizar alguma FM ao chegar em casa, por exemplo, diminuía. A causa?. Não sei, talvez a qualidade, duvidosa ao meu ponto de vista, das músicas que sempre tocavam nas rádios, tenha contribuído para esse "desencanto" momentâneo.

Entretanto, como eu mesma disse, foi momentâneo. Foi uma fase que já passou. Há alguns anos, retomei o hábito porque sou movida, entre outras coisas, à música e isso jamais mudará por completo. 
"Don't Let Me Go" no bloco 1 do Planeta DJ, em fevereiro de 2024
by "Panáticos de Plantão" no FB

Então, ano passado, voltei a acompanhar dois programas de rádio que havia deixado de lado há muito tempo: o Planeta DJ e o Na Balada, ambos da Jovem Pan. No início, estranhei um pouco, mas depois foi de "boa". Fato é que, a primeira vez em que ouvi "Don't Let Me Go", foi justamente no Na Balada.

A faixa chamou a minha atenção no mesmo instante em que começou a ser reproduzida em um dos blocos do programa. Para mim, ela se destacou no meio das outras. O ritmo e a melodia, foram primordiais para que pudesse ouvi-la atentamente. Porém, então, veio a voz melódica de Lilly e pensei: "Hum, isso vai ficar bom ou estou sendo precipitada demais?". E eu não estava nem um pouco precipitada. Ficou bom. Soou muito bem aos meus ouvidos críticos.
Naquele dia, não consegui ouvir o locutor desanunciá-la; na edição seguinte, ela foi tocada novamente e, então finalmente pude ouvir, mas não captei legal. 😂

A faixa no bloco 2 do Na Balada, em março de 2024
by "Panáticos de Plantão" no FB
Passei alguns dias procurando por ela na internet e...nada!. Como a música estava tocando bastante no programa, optei por aguardar uma nova edição e prestar atenção nos anúncios e desanúncios do locutor.

E então, finalmente consegui descobri o nome. A partir daí, procurei saber mais sobre ela e sobre os artistas envolvidos. Ouvi a música mais uma vez. E mais uma. E outra, até que ela, definitivamente, se tornou mais que bem-vinda à minha playlist. Viciei completamente, tanto ao ponto de trazê-la ao blog hoje. Tanto ao ponto 
de recomenda-la a vocês. 

Não recomendaria uma música de procedência duvidosíssima, que fique muito bem claro. "Don't Let Me Go" também tocou algumas vezes no Planeta DJ, mas bem menos em relação ao noturno Na Balada. Inclusive, ela esteve presente no Na Balada do último fim de semana, dia 16 de março, no primeiro bloco do programa. Vejam aqui o setlist completo.

Vamos ouvi-la juntos?. Chegou a hora. Para uma melhor experiência, aconselho ouvir essa excelente faixa em alto e bom som. Reparem na profundidade do instrumental dos 30 segundos de música, na versão "Extended", até o "refrão chiclete" em 01:07. É fechar os olhos e somente sentir. Vocês não irão se arrepender. Vale muito a pena. Então, aumentem o volume para conferir e curtir minha recomendação de hoje: "Don't Let Me Go". E bora dançar!.
Written by:
Giancarlo Constantin, Laura Toth & Lilly Ahlberg

I'm chained to my bed     Estou acorrentada à minha cama
And I'm thinkin' about you   -   E eu estou pensando em você
Liquor through my veins   -   Licor em minhas veias
And I think that it ain't fair     E eu acho que não é justo
Close my eyes, I'm feeling it again    Fecho meus olhos, estou sentindo isso de novo
I'm gettin' lost in tears   -   Estou me perdendo em lágrimas
'cause, baby, you ain't here, no   -   Porque, querido, você não está aqui, não

Now give me a last chance   -   Agora me dê uma última chance
Just please give me something     Apenas por favor me dê algo
Don't say it's our last dance, oh no   -   Não diga que é nossa última dança, oh não
I know we can fix this   -   Eu sei que podemos consertar isso
With liquor and stitches   -   Com licor e pontos
Just don't let me go, oh no     Só não me deixe ir, oh não

Don't let me go   -   Não me deixe ir
Oh, oh, oh, no   -   Oh, oh, oh, não
Don't let me go     Não me deixe ir
Oh, oh, oh, no   -   Oh, oh, oh, não

Don't let me go   -   Não me deixe ir
Oh, oh, oh, no     Oh, oh, oh, não
Don't let me go   -   Não me deixe ir
Oh, oh, oh, no   -   Oh, oh, oh, não
Don't let me go   -   Não me deixe ir
Oh, oh, oh, no   -   Oh, oh, oh, não
Don't let me go   -   Não me deixe ir
Oh, oh, oh, no   -   Oh, oh, oh, não

Still on my bed   -   Ainda na minha cama
And I'm picturing myself   -   E eu estou me imaginando
Safe in your arms   -   Segura em seus braços
Wrapped around my skin   -   Enrolados em minha pele
Pillow talk all day, all night     Conversa de travesseiro o dia todo, a noite toda
Don't you dare   -   Não se atreva
Don't leave me outta sight, yeah     Não me deixe fora de vista, sim

Now give me a last chance     Agora me dê uma última chance
Just please give me something   -   Apenas por favor me dê algo
Don't say it's our last dance, oh no   -   Não diga que é nossa última dança, oh não
I know we can fix this   -   Eu sei que podemos consertar isso
With liquor and stitches   -   Com licor e pontos
Just don't let me go, oh no   -   Só não me deixe ir, oh não

Don't let me go   -   Não me deixe ir
Don't let me go     Não me deixe ir
Oh, Oh    -   Oh, Oh
Don't let me go   -   Não me deixe ir

Oh, oh, oh, no     Oh, oh, oh, não
Don't let me go     Não me deixe ir
Oh, oh, oh, no   -   Oh, oh, oh, não
Don't let me go   -   Não me deixe ir

Now give me a last chance   -   Agora me dê uma última chance
Just please give me something   -   Apenas por favor me dê algo
Don't say it's our last dance, oh no   -   Não diga que é nossa última dança, oh não
Don't let me go   -   Não me deixe ir
I know we can fix this   -   Eu sei que podemos consertar isso
With liquor and stitches     Com licor e pontos
Just don't let me go, oh no   -   Só não me deixe ir, oh não
Don't let me go   -   Não me deixe ir


"Don't Let Me Go" precisa continuar tocando. É uma daquelas músicas que você ouve uma vez e, a partir daí, quer sempre estar ouvindo. Em um momento em que muitos se baseiam em músicas do passado para criar canções novas, ao mesmo tempo que outros "destroem" clássicos quase na mesma proporção, é muito válido dar uma chance para a "track" desses dois jovens artistas da Dance Music.
Constantin e Lilly fizeram um ótimo trabalho e, na opinião de uma crítica ferrenha de muitos lançamentos atuais, que no caso sou eu, eles merecem mais reconhecimento, mais atenção. A única rádio que tocou e toca ocasionalmente essa faixa, chama-se Jovem Pan. Não ouvi em nenhuma outra FM. 

Vocês tiveram a oportunidade de ouvir "Don't Let Me Go" na Jovem Pan?. Se sim, legal, mas aí vai outra pergunta: já ouviram em outra rádio no Brasil?. Contem-me nos comentários, adoraria saber.
A música, com um pouco mais de três meses de lançamento, ainda não tem um videoclipe. Vamos lá, quando a música tem qualidade, ela precisa ser exaltada, precisa de apoioJá ouvi umas bem meia-boca que receberam uma atenção bastante exagerada e, no meu ponto de vista, não mereciam tanto. 

REFERÊNCIAS:

"Don't Let Me Go" continuará sendo executada no Planeta DJ e no Na Balada?. Eu espero que sim, e gostaria de ouvi-la em outros programas de rádio também. É muito boa para tocar apenas em uma estação. 
E esta foi a minha recomendação de hoje. Curtiram?. Contem para mim, pois adoraria saber. Muito obrigada por concluírem a leitura de mais um post. Vemo-nos em breve. E não esqueçam: mantenham a boa e também a velha Dance Music viva!. Até mais!.

sexta-feira, 8 de março de 2024

As vozes de "You Know, I Know (The Game Of Love)" e "Everybody, Everywhere! (Move On Up)" do Bang!

Olá, caros leitores!. Tudo bom?. Espero verdadeiramente que sim!. Abrindo os trabalhos e chegando com o primeiro post de 2024. Sejam todos bem-vindos e obrigada pela visita!.

O processo de criação deste post iniciou-se ainda em 2023, e a ideia era publicá-lo na época. Porém, não saiu do "rascunho". O motivo?. Bom, entrei em contato com algumas pessoas envolvidas no assunto e obtive certo sucesso; houve retorno por uma parte deles e fiquei contente por isso. Porém, não satisfeita. Algumas questões não foram respondidas, pois o contato foi interrompido
Esperei por dias e dias, — sendo essa a causa pela demora em disponibilizar o post a vocês , mas a conversa, realmente, acabou ali. Provavelmente, foi por falta de tempo ou até esquecimento; creio nisso, pois em nenhum momento fui destratada, pelo contrário, foram solícitos comigo, em boa parte do tempo.

Então, decidi publicá-lo assim mesmo, sem as informações que necessitava. Peço desculpas por isso, amigos, mas não posso obrigar ninguém a retomar um contato. Chata e insanamente insistente?. Não é a imagem que gostaria de passar. Espero que entendam. Apesar dos pesares, o post estará recheado de informações, fatos e curiosidades. Acomodem-se, e boa leitura.

Mencionar e, principalmente, ouvir essas duas músicas, é sempre muito bom; uma em específico, por mais que goste das duas. E, num tempo não muito distante, falei sobre elas aqui no blog. Refiro-me às encantadoras "You Know, I Know (The Game Of Love)" e "Everybody, Everywhere! (Move On Up)", lançadas pelo projeto Bang!, e suas respectivas vozes.


Se já falei sobre elas, por qual razão vou repetir o feito?. Fiquei com a sensação de que não fui muito a fundo anteriormente e, uma delas completa 30 anos neste ano. Portanto, bora fazer direito!.

Anos atrás, fiz alguns posts sobre polêmicas do Eurodance e, em um deles, citei as duas músicas de hoje. Vocês podem conferir essa parte específica, aqui. Na ocasião, comentei fatos e dei ênfase aos vocais de ambas as faixas. Hoje, analiso e percebo que foi muito pouco, perto do que elas realmente merecem. Acompanhem-me!. 


💜 You know, I know, you and I know, the game of love 💜

Antes de qualquer coisa, o projeto Bang! foi um projeto criado na Alemanha, por Axel SelitschMartin Petersmann, Ollie Stan, Joe M.Norbert Licht. Para minha total decepção, a equipe de produção lançou apenas duas faixas, justamente as do post de hoje.

"You Know, I Know (The Game Of Love)" foi primeira a ser lançada, em maio de 1994, sob o selo Subsonic. A letra e música são de Anthony FlaverneyMartin Petersmann, Ollie Stan e Norbert Licht; os mesmos colaboraram na produção, junto com Axel Selitsch. Foi produzido para a Advance Music Productions, e publicado por PolyGram/Songs/Multiculture

A faixa saiu com as seguintes versões: "Radio Soft Mix", "Club Mix", "Choir Of Fear Mix" e "Dub Mix". A música fez um sucesso modesto, e ganhou um videoclipe. Seria motivo de felicidade, de fato, porém sabemos como funciona o universo louco do Eurodance. E, não, amigos, "You Know, I Know" não escapou da "saga: modelos em vídeos". Há uma bela jovem no vídeo, entretanto, nada da real vocalista. Quando falei sobre as polêmicas e citei Bang!, trouxe o nome da cantora que gravou ambas as faixas do projeto


Andrea Barker — que nasceu em Londres e cresceu em Barbados , além de cantora, é atriz. Desde pequena, a artista ama música e, desde os 14 anosestá envolvida ativamente nesse meio, em todas as maneiras possíveisComeçando na escola em corais e atuando em shows de talentos em Barbados, trabalhou com o Conselho de Turismo de Barbados, apresentando-se nos principais hotéis da ilha, com bandas e grupos de dança locais. Andrea percebeu que estava viciada e nunca mais olhou para trás, desde então.

Voltando a Londres, em 1980, juntou-se a um grupo de Gospel-Pop chamado Street Angels, que produziu um single que subiu nas paradas nacionais, e se apresentou no David Essex Show  a performance começa em 02:18. Junto a eles, apresentou-se em todo o circuito de clubes de Londres, e em locais renomados como o Embassy Club, Camden Palace e Gulliver's.

Andrea, à esquerda na foto, no Street Angels

Em 1984, Andrea encarou uma aventura: trabalhar na Alemanha. Lá, a artista trabalhou como cantora e atriz freelance, e aprendeu a língua alemã fluentemente para que pudesse administrar seus próprios negócios; permitindo-se também atuar, falando o idioma no palco, e trabalhar no estúdio como cantora de apoio para muitas estrelas do país.

Integrando-se na cena local, Andrea ainda teve a oportunidade de trabalhar com artistas internacionais como The Weather GirlsLou BegaJimmy NailOrquestra Filarmônica de Londres, Billy Cobham e Zak Starkey — filho do baterista dos The Beatles, Ringo Starr.
Esse tempo na Alemanha, possibilitou Andrea a gravar as canções do projeto Bang! nos anos 90 — para nossa total alegria. Voltou para a Inglaterra em 2003, e continuou trabalhando com Jazz e Soul, além de trabalhar em cassinos de Brighton, Southend e Londres.

Desde 2005, ela tem sua própria banda tributo, chamada Memories Of Boney M., apresentando-se na Europa e Rússia; para festas privadas, funções corporativas, casamentos, aniversários e festivais, para um público de 30 a 50.000 pessoas. Muita gente!. Andrea também trabalha para instituições de caridade locais e ensina canto em escolas e faculdades, em Brighton e arredores. Abaixo, vemos uma foto de Andrea nos tempos em que estava na Alemanha.


Conforme antecipado no post sobre as polêmicas do Eurodance, a cantora faz parte de um coral, chamado 
Vocal Patchwork Gospel Choiré um coral gospel comunitário baseado em Hove, Inglaterra, que recebe pessoas de todas as idades, a partir de 10 anos. Andrea dirige o coral, que é baseado em coros gospel de estilo americano. A primeira foto abaixo, é um registro de 2017 e as seguintes de 2023.

Por falar em Eurodance...Engana-se quem pensa que Andrea gravou apenas essas duas incríveis faixas. Foi bem além delas. A cantora contribuiu com vários outros projetos, como Loveparade, Hollywood Extreme, MacFarley & Morgan, Papa Winnie, Hot Chocolate, etc. Abaixo, algumas das canções com participação de Andrea:

 "Love Train"  Loveparade, 1993. Excelente faixa produzida na Alemanha, por Norbert Kreuzer e lançada em '93. Trata-se de um cover. A música original foi lançada pelo grupo americano The O'Jays, em 1972;

 "Pray 4 Your Sex!"  Hollywood Extreme, 1994. Outra produção alemã, lançada em '94;

 "Trancer"  MacFarley & Morgan, 1994. Eurodance de qualidade, produzido em 1993por Oliver Momm Uwe Eimanns, e lançado em '94;

 "I Can't Stop Loving You"  Papa Winnie, 1994. Um Reggae dançante do cantor Papa Winnie. Nela, também ouvimos as vozes de Andrea e de outra gigante vocalista: Lori Glori. Ollie Stan e Joe M., do Bang!, colaboraram na faixa;

 "XTC"  "6", 1994. Sim, o nome do projeto é "6", assim mesmo, entre aspas. Produção da Áustria. Saiu em '94;

 "Somewhere In The World"  Rhythm + Dance Machine, 1995. Faixa produzida por toda a equipe envolvida no Bang!: Martin Petersmann, Ollie Stan, Joe M., Axel Selitsch e Norbert Licht. Lançada em '95;

 "Right Now"  Ma-Radscha And The Sham, 1995Segundo alguns fãs alemães de Eurodance, Andrea também esteve envolvida no projeto Ma-Radscha. Um dos caras por trás desse projeto, é Ollie Stan e o single "Right Now", que fez sucesso na época, foi produzido por Martin Petersmann. Lançado em '95;

 "Strictly Dance"  Hot Chocolate, 1993. Trata-se de um álbum, não especificamente de uma faixa. Álbum do grupo britânico Hot Chocolate, lançado em '93. Andrea fez os backing vocals

Meu destaque vai para "Love Train", do Loveparade e "Somewhere In The World", do Rhythm + Dance Machine. A razão?. Bem, Andrea aparece em ambas as capas, como podem ver logo abaixo. Coisa rara!.


Anos atrás, precisamente em 2016, busquei por mais informações sobre Andrea, para poder concluir o post das polêmicas. Na ocasião, acabei encontrando o perfil dela no Facebook e mandei uma mensagem. Compartilharei a breve conversa que tive com ela, na época. Vendo hoje, percebo que fui um tanto quanto direta na abordagem, nem disse quem era e recebi um "eu conheço você?" na cara. 😅 Não posso julga-la, estava um pouco desesperada. Relevem, estava no modo "iniciante" no quesito "cara de pau".
"ANA: Olá, Andrea. Eu tenho uma pergunta. Você cantou no projeto alemão de Eurodance dos anos 90, Bang!, nos singles 'You Know, I Know' (1994) e 'Everybody, Everywhere' (1995)?. Desculpe se estiver errada.
ANDREA: Sim, você está certa, mas desculpe, eu te conheço?. 
ANA: Desculpe, sou Ana, fã de Eurodance dos anos 90 e adoro essas músicas com sua voz. Sua voz é linda.
ANDREA: Não se preocupe, obrigada. É bom saber que ainda tenho alguns fãs por aí."

O papo parou por aí. Após 7 anos da nossa rápida interação, tentei um novo contato com ela. Lá fui eu, besuntada em óleo de peroba, e um pouco mais experiente. Dúvidas, curiosidades e tudo mais, ainda "pairavam" no ar; uma conversa ampla seria muito bem-vinda. 
Basicamente, no início, perguntei se ela lembrava da época que gravou para o Bang!, citando o nome de cada envolvido; além da tradicional "como você conheceu eles?". Achei que seu retorno demoraria. Não poderia estar mais equivocada. Logo no dia seguinte ao meu contato, fui surpreendida por sua resposta, que vocês verão a seguir.
"Oi Ana, que bom ter notícias suas novamente. Sinto muito, mas realmente não consigo me lembrar, pois isso foi há muito...muito tempo atrás. É possível fazer o upload de uma cópia dessas faixas para mim e enviá-las aqui?. Talvez refresque minha memória."

Euforia. Fui, momentaneamente, dominada por genuína euforia, ao ler tais palavras. Mas, logo passou e analisei melhor a situação. Há 7 anos, quando perguntei se era a voz dela nas faixas do Bang!, Andrea disse categoricamente: "sim, você está certa [sobre ser sua voz ali]". Ela lembrou quase que de imediato do projeto, entretanto, agora a cantora diz: "
Realmente não consigo me lembrar". Passaram-se anos e é preciso levar isso em consideração, claro. Afinal, nem todo mundo mantém a boa memória, após tanto tempo. É compreensível.
Porém, todavia, entretanto, ficou estranho para mim. Quando uma peça do quebra-cabeça não encaixa, vocês sabem; complica tudo. Mas, bem, posso estar "viajando na maionese", né!?. Ou não. De qualquer forma, já que ela queria que "refrescasse sua memória", atendi seu pedido e enviei os arquivos. Resultado: cri, cri, cri. Junho de 2023. 9 mesesEla visualizou, porém, não respondeu mais. Tirem suas próprias conclusões.

A conversa, até o fechamento deste post, terminou por ali. 

Agora, destaco o videoclipe de "You Know, I Know (The Game Of Love)". Como já dito, a verdadeira vocalista, Andrea, não aparece nele; mas, há uma curiosidade que é bem interessante falar.
Vocês conhecem Blümchen?. Também era usado o nome Blossom; conhecem?. Trata-se de Jasmin Wagner, uma cantora de Pop e Dance alemã, que fez bastante sucesso nos anos 90, principalmente em seu país natal. Confesso que seu tipo de música não me agrada, mas, enfim. Fato é que Jasmin aparece dançando no vídeo de "You Know, I Know". Ela gravou bem antes de alcançar fama como Blümchen. 

O videoclipe foi produzido numa sexta-feira à tarde, na discoteca Zeppellin, em Stelle, perto de HamburgoOllie Stan, um dos produtores da faixa, também se apresentava lá como DJ, todas as sextas. E a parte da água, foi gravada em "SaLü", abreviação de Salztherme Lüneburg, em Luneburgo. É uma espécie de parque aquático de águas termais. 

O nome da jovem ruiva que aparece dançando de forma peculiar, é Svetlana e seu apelido é "Sveety". A equipe de dançarinos foi formada por Eddy, Jamel, Carlos, Sven, Patty & Daria e Nanette, além do responsável pelos "raps", que é...vamos falar dele!.


O rapper de ambas as canções, é um dos caras envolvidos na criação delas: Anthony FlaverneyTony Flava, como também é conhecido, começou a carreira musical muito antes da era de ouro do Eurodance. O cara é natural de Trindade e Tobago, e é cantor, compositor e músico; ativo na Alemanha desde meados da década de 1970


Sim, ele também "foi parar" lá, e ainda na década de 70, trabalhou na Hansa International, que era a gravadora do Boney M. na época. Inclusive, Anthony escreveu um dos singles da vocalista do grupo, Liz Mitchell; a faixa é intitulada "Perfect", de 1976/1977, que também foi lançada em uma coletânea do Boney M. 
O artista também trabalhou para a EMI, CBSMetronome, MCA, entre outras. No início dos anos 80, fez parte do grupo Experience, formado por mais três integrantes e fundado em Hamburgo, na Alemanha. A banda existiu por cerca de 2 anos, fez turnê pela Alemanha e Europa, e gravou apenas um álbum, chamado "Oh! What A Feeling", de 1982, que traz uma mistura de Reggae e Funk.


Outras músicas que foram escritas ou cantadas por Anthony:

■ "Perfect"  Liz Mitchell1976/1977. Reiterando. Música interpretada pela vocalista do Boney M., e escrita por Anthony e Malcolm Magaron. Em 1974, foi produzida como demo pelo próprio Malcolm. Em '77, saiu como "Lado B" de "Got A Man On My Mind";

■ "Munich Boogie / Namibia"  Cream & Chocolate, 1979;

■ "Happiness (That's What We Need)"  Total Experience, 1987;

■ "Bubble Gum" — Touch Down, 1988. Ele fez os "raps";

■ "Holiday In St. Tropez"  Die Zwei, 1990. Anthony escreveu a faixa que acompanha "Boogie Woogie Baby", que é uma versão alemã de "Be My Boogie Woogie Baby" de Mr. Walkie Talkie;

■ "Mambo"  T Control, 1995. Mais uma escrita por ele;

■ "Music (Was My First Love)" — High Spirits, 1995. Música que saiu apenas em compilações, sendo elas: "Pulse Dance", da Bulgária, em '95; "Club Juice Vol.3", do Japão, em '96, e "Танцмиссия: Dance Action 3", da Rússia, em '97. Anthony foi um dos compositores da faixa e fez os vocais masculinos, além de conter a participação de Martin Petersmann Norbert Lichtdois dos envolvidos no Bang!, na produção. Ouvindo-a, é possível perceber uma voz feminina bastante parecida com a de Andrea; principalmente na parte alta "muuusic". É um Euro muito, muito bom. Ouçam e comprovem.

■ "Jump To The Beat"  No Name, 1996. Mais um Euro de qualidade, e mais uma "track" escrita por Anthony. A música também saiu apenas em compilações, como "Jump Euro Dance Volume 2", do Japão, em '96, e mais uma vez "Танцмиссия: Dance Action 3"da Rússia. Posso esta equivocada, mas é outra que tem uma voz feminina parecida com a de Andrea; além do rapper parecer ser Anthony. Praticamente toda a equipe de produção que trabalhou nesta faixa, também trabalhou no Bang!;

■ "Voodoo (Mandala)" — Shabala, 1996. Ele escreveu e colocou sua voz em algumas partes da música, além de ter gravado e escrito outras faixas do álbum homônimo "Shabala", lançado em 1998;

■ "Love Is The Answer"  Heath Hunter & The Pleasure Company, 1996. Trata-se do álbum de Heath Hunter, onde Anthony participou fazendo os "raps" e vocais adicionais;

■ "Silent Cry"  Yared, 1997. Ele escreveu a música e colocou a voz nela;

■ "Soca Nation"  Tony Flava, 2013 (?). Esta música, segundo Anthony, é de, aproximadamente, 9 anos atrás; há uma certa confusão em relação ao ano em que a música saiu. No YouTube, o vídeo foi "upado" há 11 anos.

Encontrei uma forma de entrar em contato com ele, enviando uma mensagem e esperei pela sua resposta. Comentei sobre sua colaboração para o projeto Bang!, perguntei se era ele o rapper e também questionei se ele chegou a conhecer Andrea. Passaram-se exatamente 4 dias e, para minha total surpresa, recebi seu retorno. Abaixo, o print da "reply".
"Sim, sou eu, rapper e compositor do grupo Bang!. É um prazer ouvi-la. Nunca conheci a Andrea."

Acontecia muito no mundo primoroso e enganoso do Eurodance. Passados tantos anos, as curiosidades e verdades estão saindo à luz para o público. Em grande parte das canções dançantes dos anos 90, os cantores não gravavam juntos; às vezes, um gravava num dia, e o outro, no dia seguinte, etc. Provavelmente, é também o caso do Bang!.
Andrea, na época, era cantora de estúdio e gravou as faixas do projeto, muito possivelmente, separadamente. Ou antes de Anthony, ou depois dele, gerando um desencontro. Uma pena.

A voz de Anthony é bem característica, é "rouca", tornando-a bem marcante. Algumas pessoas, inclusive, sentem um pouco de "medo".😂 Outro ponto a ser destacado é que, muita gente confunde Anthony com Charles Shaw — cara envolvido no Milli Vanilli —, quando assiste o vídeo de "You Know, I Know" do Bang!. Abaixo, vocês podem ver os dois numa imagem comparativa; o frame de Charles é do vídeo de "I'm Feeling".

E ambas as músicas, de Bang! e Charles Shaw, foram lançadas em 1994, e seus vídeos saíram no mesmo ano; abaixo, dois comentários explanando a dúvida de muitos. Mas não, não é Charles no vídeo do projeto alemão, e sim Anthony.


Aliás, tal dúvida, foi um dos assuntos comentados na minha conversa com Anthony. Fiz questão de "verbalizar" isso e trazer a confirmação a vocês. Um pouco antes, perguntei como ele chegou ao projeto Bang!, e sua resposta foi a seguinte: 
"ANTHONY: Eles [os produtores] me chamaram para fazer parte do projeto. Eu escrevi a[s] letra[s].
ANA: Legal. 'You Know, I Know' tem videoclipe e é o único do Bang!, certo!?. A faixa é de 1994, o vídeo foi gravado no mesmo ano ou em 1995?. Você é quem está usando o chapéu, não é!?. Algumas pessoas pensam que é Charles Shaw haha.
ANTHONY: Hahaha, sou eu. 1994."

Ainda na conversa com ele, tive a oportunidade de demonstrar todo o sentimento que tenho pela próxima faixa a ser falada neste post. Não poupei palavras para elogiar tal obra-prima do Eurodance; e aproveitando o momento, perguntei a ele se a música fez sucesso na Alemanha e saiu em compilações. 
Muito solícito, mais uma vez, ele me respondeu. Bang! chegou a performar as faixas em shows, como vocês poderão conferir no print abaixo. Perguntei também, se ele tinha algum vídeo ou foto da época das apresentações.
"Oooh sim, hahaha, nos divertimos muito ao vivo no palco. Remix e compilações. Nenhum [vídeo], desculpe. Vou tentar tirar algumas fotos para você."

Ele falou sobre performances ao vivo. E, lembrem-se: ele não conheceu Andrea. Se ele não conheceu a verdadeira vocalista do projeto, com quem ele foi para o palco?. Com a jovem que aparece no vídeo de "You Know, I Know", que segundo o próprio, chama-se Michaela

As apresentações rolaram somente na Alemanha. Mesmo sendo uma "modelo" dublando Andrea, fiquei contente e grata pelas fotos enviadas a mim. Elas foram enviadas separadamente, somente tive o trabalho de uni-las. Abaixo, os registros, muito provavelmente, feitos durante os shows e, até mesmo, no backstage; a foto dela permite deduzir isso. Pela foto de Anthony, apostaria que a performance foi no extinto programa da TV alemã MDR, o "Dance Haus".


Que tal curtirmos juntos, o primeiro single lançado pelo projeto Bang!?. Bora apreciar o videoclipe gravado na discoteca Zeppellin e no "Salü"?. Uma produção visualmente simples, como boa parte dos vídeos Eurodance dos anos 90, mas com um som bom demais. Aumentem o volume e curtam "You Know, I Know (The Game Of Love)"
...You know and I know, it's the game of love
Searching through the night, love will make it right
Searching through the dark, looking for the light
It's the game that we play every night and day
You know and I know, you know and I know...

"...Você sabe e eu sei, é o jogo do amor
Procurando durante a noite, o amor vai dar certo
Procurando no escuro, procurando a luz
É o jogo que jogamos todas as noites e dias
Você sabe e eu sei, você sabe e eu sei..."

Music/Lyrics by:
Anthony FlaverneyMartin PetersmannOllie Stan e Norbert Licht


Serei bem franca; adoro "You Know, I Know", é uma faixa de muita qualidade e, sem dúvida, um ótimo trabalho foi feito ali. Entretanto, tenho a minha favorita e, definitivamente, não é ela. Tendo o conhecimento de que o projeto lançou somente duas músicas e já falei sobre uma...só pode ser a outra, não é!?. E a outra é "Everybody, Everywhere! (Move On Up)".


💗 Everybody, everywhere!, move on up with music 💗

Como disse ao Anthony, é uma das mais perfeitas "tracks" do Eurodance, na minha humilde opinião. A melodia, letra, batida sensacional, e as vozes; tanto a voz de Andrea, quanto a de Anthony, encaixaram-se perfeitamente na proposta dessa incrível canção.
Depois de um primeiro lançamento exitoso, se assim posso dizer, o projeto lançou "Everybody, Everywhere! (Move On Up)", em fevereiro de 1995, novamente pela Subsonic/Mercury/Phonogram GmbH. A faixa foi produzida para a Advance Music Productions e publicada pela MultiCulture/EMI Music Publishing Germany; a distribuição foi feita pela PV  abreviação de PolyGram Vertrieb, empresa de distribuição alemã.
Música e letra de Anthony Flaverney, Martin PetersmannOllie Stan e Norbert Licht; este último, usava o pseudônimo de Teddy Delight na faixa, assim como em "You Know, I Know".

Axel Selitsch, mais uma vez, esteve envolvido na produção; Ollie Stan fez os arranjos e mixagem. Ou seja, meus caros, como era esperado, temos aqui a mesma equipe que trabalhou no single anterior. 
"Everybody, Everywhere! (Move On Up)" saiu em vinil e em CD-Maxi Singlecom as versões: "Ambient Club Attack", "Ambient Radio Attack", "Mayday Rave", "Club Mix", e "Radio Mix". Sem dúvida alguma, minhas favoritas são, justamente, as últimas duas citadas; mas a "Ambient" também tem seu valor. O CD-Maxi Single com todas as versões + "You Know, I Know"', está disponível no YouTube; ouçam aqui.
A música também foi bem-sucedida na Alemanha, terra natal do projeto. Por esse motivo, Anthony e Michaela — a moça que "substituiu" Andrea no vídeo da faixa anterior —, saíram para realizar uma turnê pelo país, impulsionados também pelo sucesso de "You Know, I Know". A excelente "Everybody, Everywhere! (Move On Up)" recebeu outros remixes e está presente em algumas compilações de Dance, como por exemplo: "The Euro House Vol.1 (The Current And Upcoming Dance Music)"; compilação do Japão, que saiu em maio de 1995, e "Absolute New Hits 5/95", da Polonia/Lituânia

Durante o processo de criação do post, deparei-me com diversos comentários sobre a música, em grande maioria, positivos. Um deles serviu para que eu percebesse algo que não havia percebido antes. O comentário era algo como: "a anterior foi reutilizada nesta". Demorei um pouco para entender o contexto; "como assim?", pensei. Conheci as duas faixas há muitos anos e nunca prestei muita atenção nesse detalhe. Lerda demais. Enfim, fato é que logo no início de cada uma, já dá para identificar a razão do comentário sobre a "reutilização" da anterior.

Usando o linguajar leigo, tanto "You Know, I Know (The Game Of Love)", quanto "Everybody, Everywhere! (Move On Up)", têm o mesmo "toquezinho" inicial; e talvez outros "elementos" também. E a segunda resultou em um trabalho muito melhor, em termos de sonoridade, na minha opinião. "Everybody" é totalmente "fora da casinha", no melhor sentido da frase; é absurdamente fantástica. E, repetindo e concordando com o comentário de um fã brasileiro de Eurodance, "esta música é simplesmente arrasa-quarteirões"!.

Mas, como nada é perfeito...diferentemente da faixa previamente lançada, o segundo single do Bang! não ganhou um videoclipe de divulgação. Caso ganhasse, muito provavelmente, veríamos Michaela dublando Andrea novamente; sad but true. Nada contra a moça, que já deve estar uma "senhora" hoje, mas o melhor seria ver a real cantora no vídeo. Mas, como "Everybody, Everywhere! (Move On Up)" não tem vídeo, a gente fica sem ver nada mesmo. Uma pena, de fato.
Depois que Anthony falou sobre os shows feitos na época, fiquei pensando: "alguém deve ter uma gravação, de alguma apresentação". Se realmente existe um registro em vídeo, ele está "perdido" por aí. Até o momento, nada foi disponibilizado na internet.

Há vídeos no YouTube, por exemplo, com apenas o áudio da faixa. Um deles, foi "upado" em 2015 e contém números incríveisLevem em consideração que é apenas um vídeo com uma imagem qualquer, que não tem nada a ver com a música. Não é um videoclipe, nem um registro de qualquer apresentação...é um simples vídeo.

Mais de 1 milhão de visualizações e mais de 9 mil curtidas. Tais números significam exatamente o quê?. Várias coisas; que a "track" é realmente incrível e merece essa quantidade significativa de views; que o Eurodance não morreu e jamais morrerá, e que sica boa, realmente, não tem prazo de validade. Para mim, é uma satisfação enorme constatar esses fatos. 


Vamos curtir juntos essa obra-prima!?. Mas, curtir com um volume respeitável, nada de volume mixuruca; que um médico otorrino ou/e um vizinho mal-humorado não leiam isso. Brincadeira!. Ou não!. Fato é que ela merece ser ouvida "em alto e bom som". Are you ready?. Bora dançar e cantar com "
Everybody, Everywhere! (Move On Up)"!. 
Everybody, everywhere!, move on up with music
Everybody, everywhere!, move on up with music
Music is what we're living for!
Music is what we're living for!
Everybody, everywhere!, move on up with music
...Bang!, the real thing
Everybody, everywhere!, move on up with music...

"Todo mundo, em todos os lugares!, siga em frente com a música
Todo mundo, em todos os lugares!, siga em frente com a música
Música é o que estamos vivendo!
Música é o que estamos vivendo!
Todo mundo, em todos os lugares!, siga em frente com a música
...Bang!, a coisa real
Todo mundo, em todos os lugares!, siga em frente com a música..."

Music/Lyrics by:
Anthony Flaverney, Martin PetersmannOllie Stan Norbert Licht


Incrivelmente maravilhosacompletamente fantástica e absolutamente primorosa

"You Know, I Know (The Game Of Love)" e "Everybody, Everywhere (Move On Up)" são preciosidades de uma Era mágica. Ambas as faixas foram lançadas no período bombástico do Eurodance: nos anos de 1994 e 1995. As duas contém os elementos essenciais para uma música dançante daquela época: vocais femininos poderosos, raps sincronizados, tecladinhos insanos e letras/refrães fáceis de cantar. 

Uma, fará 30 anos em maio de 2024. A outra, já completou 29, no mês passado; e aqui estamos, ouvindo e falando sobre elas.
A cada um dos envolvidos na produção dessas canções fabulosas; Axel Selitsch, Martin Petersmann, Ollie Stan, Joe M., Norbert Licht, Anthony Flaverney e Andrea Barker...muito obrigada. Muito obrigada por terem nos dado essas duas incríveis obras-primas.

Preparei este post com o propósito de agregar mais informações sobre as faixas, um pouco sobre os produtores e, principalmente, seus vocais. Os nomes dos vocalistas, não eram novidade entre os amantes do Eurodance; muitos já sabiam seus nomes. Aqui mesmo no blog, já havia falado sobre Andrea, e alguns no Facebook, já conheciam Anthony.
Entretanto, pensei que seria uma boa ideia elaborar um post mais completo, com alguns detalhes extras. E, chegando ao fim dele, sinto que poderia conter muito mais, se não fosse a interrupção da conversa com Andrea; e se alguns dos produtores do projeto — os que consegui encontrar —, retornassem o contato.

Tentei, esperei por vários dias, porém as coisas não saíram como esperava. Todavia, garanto a vocês que fiz tudo o que estava ao meu alcance. O resultado está no que vocês acabaram de ler. Enfim, espero que tenham apreciado, de alguma forma.

AGRADECIMENTOS PELA ATENÇÃO E COLABORAÇÃO NA CRIAÇÃO DESTE TRABALHO:

ANTHONY FLAVERNEY 
ANDREA BARKER 

REFERENCIAS UTILIZADAS:


Muito obrigada a todos que conferiram o primeiro post do ano. Desculpem-me por qualquer coisa. Vemo-nos por aí. E não esqueçam: mantenham a boa e velha Dance Music viva!. Até mais!.